segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Brasil. Uma Quaresma contra o tráfico humano

A próxima Campanha da Fraternidade promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) será dedicada ao tráfico humano. O objetivo é chamar a atenção dos fiéis e da opinião pública para um tema de especial relevância social, sobretudo nos próximos meses, em vista da Copa do Mundo que trará ao país milhões de turistas.

  
A Campanha da Fraternidade encontra-se já na 51ª edição e começa no dia 05 de março, Quarta-feira de Cinzas, com o lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”. O programa inclui uma série de iniciativas para que se compreenda melhor o fenômeno do tráfico humano e para preparar “agentes de pastoral” capazes de colaborar com as comunidades comprometidas com esta luta. O tráfico de seres humanos e o trabalho escravo são uma praga que ainda está muito difundida no Brasil.

Para lutar contra este grave flagelo a Comissão Episcopal da Caridade, Justiça e Paz criou, no ano passado, um grupo de trabalho especificamente dedicado a este problema, que tem também fortes conotações em nível pastoral. Segundo a ONG Walk Free Foundation, calcula-se que somente no Brasil haja pelo menos 200.000 pessoas reduzidas à escravidão.

A Campanha da Fraternidade mobilizará a Igreja em seu conjunto e soma-se à campanha “Jogue a favor da Vida” prevista para a Copa do Mundo. Será distribuído material informativo nas estações de trem, aeroportos, estacionamentos, ao longo das grandes avenidas, nas estações fluviais, nos portos e nas rodoviárias. Um folheto proporcionará recomendações essenciais que, segundo os promotores da campanha, serão de grande importância para prevenir o tráfico humano em suas múltiplas formas: desconfiar das ofertas de casamento feitas pelas agências, assim como das ofertas de trabalho que prometem ganhos fáceis e rápidos; nunca entregar os documentos de identidade a pessoas estranhas ou que se conhece há pouco tempo; ter sempre uma fotocópia autenticada dos mesmos quando viajar ao exterior ou a grandes distâncias do lugar de residência habitual; manter contato constante pelo menos com um familiar ou uma pessoa de confiança, comunicá-las dos deslocamentos previstos e das informações indispensáveis para que eles possam localizá-la.

Fonte: Ihu

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