Grupo feminista é ferrenho opositor da legalização da
prostituição.
Enquanto o Parlamento da França discute um projeto de lei
que criminaliza o cliente de prostituição, a organização feminista Femen
realizou uma manifestação de apoio em Amsterdã, onde a prática é legalizada.
Integrantes do Femen, que desde seu surgimento, em 2008,
luta contra a prostituição, foram ao famoso Distrito da Luz Vermelha na capital
holandesa na noite de quarta-feira. Em frente às janelas em que as
trabalhadoras do sexo oferecem seus serviços, elas protestaram seminuas com a
mensagem "Isso parece liberdade para você?" pintada em seus corpos.
Em seu site, o grupo também condenou as propostas a favor da
liberação da prostituição na França e o movimento de artistas locais, entre
eles Catherine Deneuve, Charles Aznavour e Frederic Begbeder, que defendem a
prática como "escolha", "desejo pessoal" e
"liberdade".
O Femen considera a prostituição uma forma de escravidão
feminina. "Mulheres estão em caixas de vidros como produtos em supermercados,
cafetões observam suas escravas de janelas acima, clientes caminham como se
estivessem em zoológicos, procurando pela mais bonita e mais barata mulher para
usar. E isso é tudo dentro da prostituição legalizada (em referência a
Amsterdã). Isso parece liberdade para você, nós perguntamos de novo", diz
o grupo em seu site.
Lei francesa
Os deputados franceses estão discutindo uma proposta de lei
que prevê sancionar com multas de 1,5 mil euros os clientes que recorram aos
serviços de prostitutas e suspender as sanções que pesam na atualidade sobre as
profissionais.
O projeto de lei gerou uma grande controvérsia na França,
dividida entre os que consideram a penalização da prostituição uma ingerência
na vida privada e os que a veem como necessária para proteger as mulheres
exploradas por redes de prostituição. Segundo pesquisa divulgada pela emissora
BFMTV na quinta-feira, 68% dos franceses são contrários a multar os clientes
das prostitutas.
Fonte: Noticias Terra
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