Para lembrar o Dia Internacional
de Eliminação da Violência Contra a Mulher, nesta segunda-feira (25), a
Pastoral da Mulher de Bh (Unidade do
Instituto das Irmãs Oblatas) está realizando uma série de ações para sensibilizar a sociedade, através da
construção de uma cultura de não violência, e de respeito aos direitos das
mulheres, particularmente daquelas que estão em situação da prostituição.
Durante o dia de hoje houve panfletagem
no hipercentro, especialmente nos hotéis de alta rotatividade, com os materiais
especificamente elaborados pela Rede Oblata para esta campanha: panfletos informativos, e um calendário contendo o número 180, da
Central de Atendimento à Mulher, além dos contatos da Pastoral da Mulher, para
o apoio às que sofrerem esse tipo de violência.
Na sede da Pastoral foi realizada
uma oficina para discutir os aspectos
socioculturais da violência contra a
mulher e sensibilizar as mulheres para o tema. Abordaram-se os fatores que originam e mantém essa violência, além dos danos
produzidos, a partir de vídeos, analises de cenas e partilha das experiências das
próprias mulheres. Posteriormente
apontamos para a criação de laços de solidariedade entre as mulheres como forma
de fortalecê-las e encontrar apoio para sair da situação de violência.
Na parte final proclamamos a uma só voz, que as mulheres e meninas têm o
direito humano fundamental de viver sem violência e reafirmamos nosso compromisso
com a luta contra a violência de gênero.
Cada participante recebeu
cartilhas sobre violência contra a mulher, e material informativo sobre lugares
que atendem as mulheres vítimas de violência.
Origem do Dia Internacional contra a violência de gênero
O dia foi instituído no 1º
Encontro Feminista Latino-americano e Caribenho, realizado em 1981, em
homenagem às irmãs dominicanas Pátria, Minerva, e Maria Teresa, conhecidas como
“Las Mariposas”, que protestaram contra a ditadura de Trujillo, na República
Dominicana, e foram brutalmente torturadas e assassinadas. Em 1999, a Assembleia
Geral da ONU proclama essa data como o ”Dia Internacional para a Eliminação da
Violência Contra a Mulher” incentivando todos os governos e a sociedade civil a
extinguir com a violência que destrói a vida de milhares de mulheres nas nossas
cidade.
No Brasil, entre 2001 a 2011,
estima-se que ocorreram mais de 50 mil feminicídios: ou seja, em média, 5.664
mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a
cada dia, ou uma morte a cada 1h30. Os dados foram divulgados pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em uma pesquisa inédita, que reforçou as
recomendações realizadas em julho pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito) que avaliou a situação da violência contra mulheres no Brasil.
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