A praça do Lido, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro,
na qual papa Francisco irá assistir à encenação da Via-Sacra durante sua visita
ao Brasil pela Jornada Mundial da Juventude, em julho, é trecho do principal
ponto de prostituição da cidade.
Naquele pedaço da orla, um trecho do calçadão é hoje o
principal ponto de prostituição do bairro. Recebe não só adeptos do turismo
sexual na cidade, como “órfãos” da boate Help, casa noturna de Copacabana que
concentrava garotas de programa e foi fechada em janeiro de 2010.
Além disso, durante o dia, o jornal O Globo aponta que a
região da praça é abrigo a céu aberto de moradores de rua e ponto de venda de
drogas.
O principal ponto de prostituição do bairro fica no
calçadão, na esquina com a Ronald de Carvalho. Naquele trecho, no número 1.424
da Atlântica, funciona o Bar Balcony, licenciado pela prefeitura para funcionar
como restaurante. Apesar de o Código de Posturas proibir o funcionamento de
bares em prédios residenciais (como é o caso) entre 1h e 5h e das recorrentes
notificações, o Balcony está aberto 24 horas por dia, inclusive com música ao
vivo. Seu público é eclético. Pelo menos 40 frequentadores da casa estão na
mira de um inquérito sobre exploração sexual de menores, aberto pela Delegacia
da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav). Os agentes investigam uma rede de
bares, hotéis e taxistas que promove o turismo sexual envolvendo menores.
— Durante as investigações, policiais se passaram por
turistas. Muitas menores confessaram que usavam documentos falsos para
trabalhar como maiores. Estamos investigando para saber se houve conivência dos
estabelecimentos ou de turistas. No Balcony, apreendemos computador e
documentos — conta o delegado Marcello Braga.
No entanto, o jornal lembra que a região é rodeada por
prédios luxuosos e próximo ao hotel Copacabana Palace, ponto tradicional do Rio
de Janeiro.
O delegado Marcello Braga afirma que a praça faz esquina com
o principal ponto de prostituição do bairro e que há inúmeras investigações de
agenciamento de prostitutas e turismo sexual de menores envolvendo donos de
bares e frequentadores de casas noturnas.
O papa Francisco correrá o risco de se deparar com atitudes
e situações indesejadas, já que o delegado afirma que roubos são frequentes.
“Essa região vive extremos. De manhã é um oásis. Mas, quando
chega a noite e a madrugada, é um inferno”, conta um morador da região.
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