Uma sociedade com valores perdidos, obcecada e movida pelo
consumo. Uma mídia destruidora, que faz o que quer com os indivíduos e uma
igreja tradicional que só aceita a versão clássica de Cristo. Jesus de Montreal
(1989), do canadense Denys Arcand é uma critica a sociedade atual.
Diferente da maioria dos filmes produzidos sobre a vida de
Cristo, Jesus de Montreal, embora seja uma releitura do Evangelho de São
Marcos, não é um filme de época que tenta retratar a vida do Salvador e sim,
uma tradução das palavras de Jesus para nossos dias. O longa-metragem apresenta
um cristo atual e concreto, representado no jovem ator Daniel Coulombe,
(interpretado por Lothaire Blutheau) que fala para uma humanidade insensível e
indiferente com o próximo.
Embora tenha sido
pouco badalado, Jesus de Montreal é sem dúvida o filme que melhor representa a
falta de compreensão da sociedade na mensagem de Cristo. O filme trata sobre a
busca da humanidade por algo mais, a busca por valores mais consistentes que
dão sentido à vida humana.
O momento mais marcante e comentado pelo público na exibição
de Jesus de Montreal, foi a maneira como o diretor retratou a ressurreição
através da doação de órgãos. A morte como algo positivo e que proporciona o
renascimento de novas vidas. De todos os filmes, esse é uma das melhores
atualizações para nossos dias, diz a Prof. Dr. Cleusa Andreatta, da Unisinos.
“Ele proporciona a discussão critica sobre situações da sociedade atual e é ao
mesmo tempo uma reflexão sobre o sentido de nossas próprias vidas”, conclui.
Fonte: Ihu
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