Em uma operação conjunta, policiais da Espanha e do Brasil
desarticularam uma rede que atraía jovens brasileiras para explorá-las em casas
de prostituição espanholas onde viviam presas, informaram as autoridades nesta
sexta-feira.
Cinco pessoas foram detidas, três no Brasil e duas na
Espanha, e seis mulheres que viviam presas em dois clubes de prostituição de
Salamanca e Ávila foram libertadas, informou a polícia espanhola.
A investigação teve início em novembro depois que o oficial
de ligação brasileiro em Madri alertou sobre a denúncia de uma mulher segundo a
qual "sua filha estava detida contra a sua vontade sendo explorada na
prostituição" na Espanha.
A rede agia em Salvador e atraía "mulheres jovens, com
baixo nível cultural e social, precária situação econômica e com necessidade de
ganhar dinheiro devido a famílias dependentes", explicou.
Após serem levadas à Espanha com a "promessa de que
ganhariam muito dinheiro de uma maneira muito fácil", as meninas
"eram submetidas à rígidas normas de conduta e viviam presas".
A organização, que "ensinava as mulheres como não serem
paradas nos controles de fronteira", fingindo viajar como turistas, exigia
4.000 euros de cada uma por tê-las introduzido no país, segundo a polícia.
Em estreita cooperação, as autoridades brasileiras e
espanholas realizaram na quarta-feira "uma operação conjunta de
atuação" para desarticular a organização, indicou, mostrando em sua página
na internet imagens de agentes dos dois países registrando o funcionamento dos
prostíbulos na Espanha.
As polícias dos 14 países da comunidade iberoamericana
concordaram em outubro em "aumentar a cooperação na luta contra o crime
organizado internacional".
Esta colaboração consiste em "um intercâmbio de todo
tipo de informação policial para avançar de forma conjunta e agir contra as
formas de criminalidade que ameaçam os direitos fundamentais, como a vida, a
liberdade e a segurança das pessoas", entre elas o tráfico de seres
humanos.
Fonte: www.swissinfo.ch
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