terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mais informação sobre a operação policial que desarticulou rede de prostituição


Em uma operação conjunta, policiais da Espanha e do Brasil desarticularam uma rede que atraía jovens brasileiras para explorá-las em casas de prostituição espanholas onde viviam presas, informaram as autoridades nesta sexta-feira.


Cinco pessoas foram detidas, três no Brasil e duas na Espanha, e seis mulheres que viviam presas em dois clubes de prostituição de Salamanca e Ávila foram libertadas, informou a polícia espanhola.

A investigação teve início em novembro depois que o oficial de ligação brasileiro em Madri alertou sobre a denúncia de uma mulher segundo a qual "sua filha estava detida contra a sua vontade sendo explorada na prostituição" na Espanha.

A rede agia em Salvador e atraía "mulheres jovens, com baixo nível cultural e social, precária situação econômica e com necessidade de ganhar dinheiro devido a famílias dependentes", explicou.

Após serem levadas à Espanha com a "promessa de que ganhariam muito dinheiro de uma maneira muito fácil", as meninas "eram submetidas à rígidas normas de conduta e viviam presas".

A organização, que "ensinava as mulheres como não serem paradas nos controles de fronteira", fingindo viajar como turistas, exigia 4.000 euros de cada uma por tê-las introduzido no país, segundo a polícia.

Em estreita cooperação, as autoridades brasileiras e espanholas realizaram na quarta-feira "uma operação conjunta de atuação" para desarticular a organização, indicou, mostrando em sua página na internet imagens de agentes dos dois países registrando o funcionamento dos prostíbulos na Espanha.

As polícias dos 14 países da comunidade iberoamericana concordaram em outubro em "aumentar a cooperação na luta contra o crime organizado internacional".

Esta colaboração consiste em "um intercâmbio de todo tipo de informação policial para avançar de forma conjunta e agir contra as formas de criminalidade que ameaçam os direitos fundamentais, como a vida, a liberdade e a segurança das pessoas", entre elas o tráfico de seres humanos.
Fonte: www.swissinfo.ch

Nenhum comentário: