A participação da mulher no total de empregos formais subiu
em 2011, mas a diferença salarial entre os dois gêneros não avançou no período
e a mão de obra feminina seguiu ganhando menos que a masculina na mesma
proporção que em 2010 no ano passado, aponta a Relação
Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE).
A parcela das
mulheres entre a força de trabalho passou de 41,56% em 2010 para 41,90% em
2011. A alta ocorreu porque o nível de emprego entre as mulheres subiu mais do
que entre os homens no período, colaborando para a expansão do emprego feminino
no país.
O aumento do nível de
emprego da mão de obra feminina foi de 5,93% no ano passado (criação de 1,086
milhão de vagas). Na masculina, foi de 4,49% (geração de 1,156 milhão de
postos). “A diferença de 1,44 pontos percentuais, se comparado com o resultado
de 2010 (0,58 pontos), evidencia a expansão do emprego feminino”, salienta o
ministério, em nota.
Na soma, a criação de empregos formais somou 2,24 milhões em
2011 no país, o que representa uma queda de 21,6% frente ao ano de 2010, quando
foram abertas 2,86 milhões de vagas, segundo dados da Rais.
Além dos dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que englobam os
trabalhadores celetistas, os números da Rais também incluem os servidores
públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários.
“O comportamento dá
continuidade à trajetória de elevação da participação da mulher no total de
empregos formais observada nos últimos anos”, destaca o secretário de Políticas
Públicas de Emprego substituto do MTE, Rodolfo Torelly, em nota.
Apesar disso, a remuneração das mulheres segue
aquém das dos homens e sequer teve uma alta maior do que a deles de um ano para
o outro.
Os rendimentos médios dos homens e das mulheres registraram
aumentos reais muito semelhantes (3% e 3,03%, respectivamente). Em valores,
passaram de R$ 1.990,68, em 2010, para R$ 2.050,35, em 2011, no caso dos
homens, e de R$ 1.647,89 para R$ 1.697,75, no que se refere às mulheres. “Os
percentuais de ganhos reais similares entre os gêneros têm como resultado
praticamente a manutenção da participação do rendimento das mulheres versus
homens, que oscilou de 82,78% em 2010, para 82,80% em 2011”, diz o Ministério
do Trabalho, em nota.
Com relação ao nível
de escolaridade, os dados apontam para uma retomada da trajetória de liderança
da mulher no crescimento do emprego formal no nível de ensino superior
completo.
De uma forma geral, a taxa de crescimento do nível de
emprego para esse grau de escolaridade foi de 8,06% em 2011. O aumento foi
maior entre as mulheres (8,12%) do que para os homens (7,97%). As porcentagens
equivalem ao acréscimo de 345,4 mil postos de trabalho femininos, ante 240,6
mil postos masculinos.
De acordo com o MTE,
a liderança da mulher no crescimento do emprego formal no nível superior
completo havia sido interrompida em 2010.
De um modo geral, por
grau de instrução, os números do Ministério do Trabalho mostram "heterogeneidade"
nos resultados, com queda de 19,46% para os analfabetos, decorrente de um
declínio de 48% para mulheres e de 12,87% para homens, e elevação de 8,54% para
trabalhadores com ensino médio completo.
Fonte: G1.
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