Depois da polêmica envolvendo uma peça publicitária da marca
de preservativos Prudence – excluída do Facebook após críticas de internautas
-, agora é um comercial da cerveja Nova Schin que gerou repercussão negativa
nas redes sociais. Os usuários do Twitter, Facebook e Youtube acusam o vídeo
“Homem Invisível” de incentivar a violência sexual contra a mulher.
No Twitter, criou-se
a hashtag #NovaSchinIncentivaEstupro. Numa página do Facebook , internautas
protestam contra a propaganda, pedem uma retratação da empresa e exigem que o
comercial seja retirado do ar. "Tirar a roupa de uma mulher sem o seu
consentimento - e em público - é abuso sexual e é crime. Exigimos
retratação", diz campanha, direcionada à cervejaria.
No vídeo, um grupo de
amigos reunido num quiosque de praia observa mulheres na areia, até que um
deles diz: “Já pensou se a gente fosse invisível?”. Na sequência, duas mulheres
que caminham pela praia sentem que são tocadas pelas costas por pessoas
‘invisíveis’. Em outro momento da peça publicitária, algumas mulheres saem de
um vestiário, invadido pelos ‘invisíveis’, sem a parte de cima do biquíni. Nessas
duas cenas, as mulheres se assustam e fogem.
O trecho em que as mulheres são tocadas pelas costas é o que
tem gerado maior polêmica. No Twitter,
internautas afirmam que a propaganda da Nova Schin é machista e incentiva a
violência sexual. “Nova Schin, sabia que vocês tão colaborando com uma coisinha
chamada cultura de estupro?”, diz a internauta identificada como Fernanda
Yamazato.
A campanha lançada nas redes sociais por internautas cita o
artigo 213 do Código Penal: "Constranger alguém, mediante violência ou
grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso: (Alterado pela L-012.015-2009); Pena – reclusão,
de 6 (seis) a 10 (dez) anos.”
A blogueira Lola Aronovich, que escreve sobre comerciais
acusados de incentivarem a violência sexual contra a mulher em seu blog, diz
ser “um absurdo” que o comercial esteja no ar há meses. “O mais perverso é que,
mesmo no ‘clima de humor’ do comercial, a expressão no rosto das mulheres é de
pavor”, comenta a blogueira em seu site.
O vídeo está no canal da Nova Schin no Youtube desde
fevereiro deste ano e já teve cerca de 15 mil visualizações.
Não é a primeira vez que uma peça publicitária da Nova Schin
é alvo de polêmicas. No início de 2012, um vídeo veiculado pela marca foi
acusado de discriminatório pela ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais).
Outro lado
Em nota, a empresa
Schincariol, responsável pela marca Nova Schin, afirma que não houve intenção
de ofender qualquer pessoa em seu filme publicitário “Homem Invisível”.
Fonte; Noticias uol
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