segunda-feira, 4 de junho de 2012

Prostitutas ucranianas estudam história de seleções para atrair clientes durante a Eurocopa


“As prostitutas estão se preparando ativamente para o Euro-2012", diz um site que oferece serviços sexuais na Ucrânia. A página ainda afirma que algumas profissionais chegaram a estudar "a história dos países participantes no Euro-2012 e sobre futebol", a fim de atrair clientes. A iniciativa confirma os temores do grupo Femen, entidade feminista que vêm aproveitando a maior presença da mídia internacional para divulgar suas ações de protesto contra o turismo sexual na Ucrânia, país europeu com o maior número de portadores do vírus HIV.

A indústria do sexo na Ucrânia espera multiplicar sua renda durante a Eurocopa-2012, se aproveitando do enorme contingente de clientes estrangeiros que a competição atrai para os países-sede. Na tentativa de atender à demanda dos torcedores, prostitutas do país passaram até mesmo a aprender sobre futebol e a cultura dos participantes da competição continental, que começa na próxima sexta-feira.
 “As prostitutas estão se preparando ativamente para o Euro-2012", diz um site que oferece serviços sexuais na Ucrânia. A página ainda afirma que algumas profissionais chegaram a estudar "a história dos países participantes no Euro-2012 e sobre futebol", a fim de atrair clientes. A iniciativa confirma os temores do grupo Femen, entidade feminista que vêm aproveitando a maior presença da mídia internacional para divulgar suas ações de protesto contra o turismo sexual na Ucrânia, país europeu com o maior número de portadores do vírus HIV.
  Apesar da ilegalidade da prostituição na Ucrânia, a ex-república soviética tem entre 52.000 a 83.000 prostitutas, das quais 11.000 situam-se na capital Kiev, segundo estimativas da ONG Aliança Internacional HIV / AIDS. As outras três cidades anfitriãs do país não estão muito longe: em Donetsk e Kharkiv (Leste) existem mais de 3.000 e em Lviv, localizado a cerca de 60 km da fronteira polonesa, cerca de 2.500, alega o relatório.
 Trabalhando em um apartamento em Kiev, Natacha, prostituta de 24 anos, espera encontrar clientes suficientes para comprar um carro, mas ela mesma admite que a atenção dos fãs estará na competição. "Todos os homens são iguais e para eles o futebol e a cerveja são o mais importante, mas eles não vão passar todas as noites bebendo cerveja", disse em entrevista à AFP.
  A diretora da ONG Legalife, que defende os direitos das mulheres, Olena Sukerman, afirma que muitas prostitutas aumentarão suas receitas com a Euro-2012. “Entre VIP´s, as meninas que falam línguas estrangeiras e cujos serviços atualmente cobram de 100 a 200 euros por hora, podem duplicar ou até mesmo triplicar os preços". Sukerman ainda disse que policiais corruptos, infiltrados no serviço contra a prostituição, também podem multiplicar seus lucros aumentando o preço de seus subornos, palavras confirmadas por vários profissionais que pediram anonimato à AFP.
 
 A Ucrânia é atualmente o país europeu mais afetado pelo vírus da AIDS, com 0,54% dos adultos afetados, de acordo com estimativas recentes da Aliança HIV / AIDS. As prostitutas estão entre os mais afetados: 24% vivem com HIV em Kiev, e quase 38% em Donetsk, segundo estudo realizado em 2011, pela mesma organização.
 Questionadas pela reportagem, várias prostitutas em Kiev afirmaram estar cientes do risco e do uso de preservativos, mas esta prática está longe de ser generalizada. Sendo assim, apenas 60% das prostitutas de fato excluem relações sexuais sem preservativo, segundo dados preliminares da ONG. Um relatório anterior, publicado pela ONG, em 2010, indicou que 22% do restante estariam dispostas a não utilizar proteção se houver uma taxa adicional. A ex-prostituta, Irina, afirma que 90% dos clientes propõem não usar preservativos.
Fonte: uol

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