No México estão desaparecidas 45
mil crianças e há uma lista oficial de 3 mil inquéritos preliminares sobre
menores sequestrados durante o último ano e meio, subtraídos a fim de
exploração sexual, venda e tráfico de órgãos.
A denúncia provém do presidente
da Fundação Nacional para a Busca de Crianças Sequestradas e Desaparecidas.
Bandos criminosos atuam especialmente no Distrito Federal, nos Estados de
México, Veracruz, Tijuana, Monterrey, Guadalajara e nas áreas de fronteira do
norte e do sul do país.
Menores de todas as idades são
seqüestrados por pessoas que trabalham por conta própria, por pequenos bandos
que os vendem aos traficantes de órgãos ou para a exploração sexual, e pelo
crime organizado que leva as vítimas para fora do país com passaportes e
credenciais. A criminalidade organizada atua através de uma rede que atrai as
jovens vítimas, principalmente adolescentes, por meio de redes sociais.
Segundo as autoridades de Estados Unidos e
França, que monitorizam o fenômeno no México, os órgãos das crianças não são
levados para fora do país em congeladores; os pequenos chegam aos EUA ainda
vivos e são levados a clínicas e médicos corruptos, que por milhares de dólares
os operam e retiram os órgãos.
O perfil dos seqüestros deste
fenômeno atroz inclui crianças com idades entre 7 e 10 anos. As crianças até 5
anos de idade geralmente são sequestradas para serem vendidas para casais que
não podem ter filhos. Os recém-nascidos são sacrificados nos ritos satânicos.
Para enfrentar esses atos criminosos, a Fundação Nacional de Investigação de
Crianças Raptadas e Desaparecidas realiza uma campanha gratuita de prevenção do
sequestro de crianças nas escolas do Distrito Federal, Estado do México,
Veracruz e Puebla, mas está aberta a toda entidade pública ou privada.
O tráfico de crianças e de pessoas é o
terceiro negócio mais rentável do mundo, depois de tráfico de armas e drogas,
com um mercado de cerca de 32 milhões dólares por ano. Segundo o UNICEF, as
meninas e os meninos desaparecidos através do tráfico a cada ano em todo o
mundo são um milhão e 200 mil.
Fonte: Agência Fides
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