sexta-feira, 6 de junho de 2014

Série de TV "O Negócio" une o mundo do marketing com o da prostituição

O Negócio conta a história de garotas de programa que começam a estudar conceitos de marketing para tomar de volta o controle sobre o próprio corpo, se liberando da dependência e exploração de “agentes”.

Reproduzimos a continuação um artigo sobre esta série do jornalista Wander Veroni

O preconceito com a “profissão mais antiga do mundo” ainda é enorme. Mas, a prostituição sempre esteve presente nas mais diferentes maneiras na nossa sociedade e para os mais variados fins.
Tentando desvendar este misterioso mundo do "sexo fácil" voltado para classe AAA de São Paulo, a série O Negócio, da HBO, foi ousada e bastante criativa. A 1ª temporada com 13 episódios chegou ao fim neste último domingo (10/11) e com um saldo para lá de positivo entre a crítica e o público.
Não é a toa que a HBO, já encomendou com os roteiristas Rodrigo Castilho e Luca Paiva Mello, e o diretor-geral Michel Tikhomiroff, da produtora Mixer, a 2ª e a 3ª temporada do seriado, cuja próxima leva de episódios inéditos só estreia em 2014. 

Pela primeira vez na TV, um programa colocou três prostitutas como protagonistas, mas sem glamorizar demais, muito menos mostrar o sexo à exaustão de forma gratuita, o que poderia ser um recurso simples para chamar a atenção da audiência.
Em O Negócio, o protagonista mesmo são as técnicas de marketing utilizadas por Karin (Rafaela Mandelli), Luna (Juliana Schalch) e Magali (Michelle Batista) na empresa Oceano Azul, e que poderiam ser usadas em qualquer outro empreendimento.
No elenco masculino, os destaques são para Gabriel Godoy, Guilherme Weber, Pedro Inoue, Johnnas Oliva, João Gabriel Vasconcellos, além das participações especiais com as de ZéCarlos Machado e Juno Andrade.

Impressões

Assistir a série O Negócio para mim era mais do que entretenimento, era uma verdadeira aula de marketing. Quem gera ou já geriu um negócio baseado na prestação de serviço sabe o quanto é complicado capitar e fidelizar clientes.

Muitas vezes, me identifiquei com a Karin (Rafaela Mandelli), neste sentido de não deixar a peteca cair, nem se acomodar. De estar sempre se reinventando diante das adversidades do mercado.

Bonita e bastante inteligente, Karin resolveu romper com o seu booker (cafetão), o judeu Ariel, vivido pelo ator Guilherme Weber, por achar que ele ficava com boa parte da grana que ela, literalmente, suava para ganhar.
Foi aí que ela resolveu se auto agenciar. O booker fez pouco caso e achou que ela não conseguiria, mas conseguiu. Karin não só melhorou a situação das colegas que estavam na mesma vida do que ela, como despertou a inveja de Ariel por fisgar como cliente os melhores partidos de São Paulo.

Karin não só montou a Oceano Azul, como conseguiu ao lado das amigas Luna (Juliana Schalch) e Magali (Michelle Batista) se tornarem as garotas de programa mais cobiçadas entre os ricos e executivos de sucesso da cidade, oferecendo produtos exclusivos, regalias e dedicação.

Mas, como toda boa série, não poderia faltar uma boa dose de drama. Karin se apaixonou pelo melhor amigo de infância, o advogado Augusto interpretado por João Gabriel Vasconcellos. Luna, após tentar dar o golpe para casar com um homem rico, resolveu assumir que gostava mesmo do vigarista e pobre Oscar.

Sem contar ainda que Luna omite para os pais que é garota de programa, vivendo uma dupla identidade. E Magali deixou a fase de festinhas e perdição para dar um rumo na sua própria vida, começando pela ideia de comprar um apartamento.

Na próxima temporada, as meninas da Oceano Azul vão ter que enfrentar uma concorrente pirata que não só usurpou o nome da Karin, como também o cartão da empresa dela. O que será que as meninas vão fazer para corrigir isso?

Outro gancho que eu, como fã da série, acho que faltou apostar é da prostituição masculina, uma ramo que, com toda certeza, a Karin não pode deixar de investir.

Como o objetivo da Karin era criar um pé de meia para a aposentadoria, acredito que ela logo, logo, no decorrer da temporada, irá deixar a prostituição para se tornar de vez somente empresária do ramo do entretenimento, uma vez que é esse lado dela que está a cada episódio se aflorando.

No final das contas, assistir a série é um bom negócio. #recomendo
Wander Veroni –Jornalista-

Fonte: www.cafecomnoticias.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu amo essa série e acho que é muito bom ter uma segunda temporada, O Negócio é uma série controversa, mas eu realmente gosto da maneira como ele é tratado, especialmente porque ele descobriu que mulheres inteligentes em um mundo de negócios.