As prostitutas e os bordéis de Belo Horizonte foram destaque
na edição de domingo do jornal inglês “The Independent”. O jornalista Ewan
MacKenna visitou as “zonas” do centro da capital – nome que ele mesmo diz ter
aprendido com a população local para designar os locais de prostituição. Seu
objetivo era conhecer as mulheres que estão aprendendo idiomas para receber
turistas.
Consulte: http://www.independent.co.uk/news/world/americas/brazils-sex-trade-how-the-countrys-one-million-prostitutes-are-preparing-for-the-world-cup-9457494.html
“Muitos podem se perguntar por que as mulheres passam esses
riscos, mas a necessidade supera a escolha em uma nação de quase 200 milhões de
pessoas. As estatísticas são gritantes: médias de analfabetismo de 10%, os
relatórios mostram que 13 milhões estão desnutridos, 42.785 foram assassinados
em todo o país no ano passado e há uma escassez nacional de 168 mil médicos. A
prostituição foi legalizada em 2000”, destacou o periódico.
A matéria mostra o
que há por trás das manchetes internacionais sobre as prostitutas mineiras que
aceitarão cartão de crédito e estão tendo lições de inglês. Como Belo Horizonte
é a cidade onde a Inglaterra vai disputar sua última partida na primeira fase
da Copa, o periódico mostrou como é a vida dessas mineiras que ganham para
fazer sexo. “Como é o caso em todo o Brasil, espreite por trás da máscara e
outra realidade olha de volta para você”, diz a reportagem.
MacKenna conta que os
23 bordéis da capital estão escondidos em cima de escadas estreitas entre lojas
do centro da cidade, descrito como um lugar “sombrio e tão cinza que você
poderia estar na antiga União Soviética, exceto pelo o sol escaldante”.
O jornalista descreve como são os bordéis: “no interior,
colado a uma parede suja estão fotografias eróticas e contornos do corpo”; “os
pisos são de concreto nu, enquanto o corredor se estende porta atrás de porta
em pequenos quartos, onde as mulheres se encontram deitadas”. Ele compara a
“zona” a algo parecido com uma prisão em condição precária ou um albergue que
até os mais acostumados dos mochileiros iriam recusar.
Histórias. A matéria relata histórias de vida de prostitutas
que trabalham para pagar as contas e comer, e outras porque gostam do que fazem.
MacKenna fala ainda dos caros aluguéis que as meninas pagam para usar os
quartos, dos perigos da profissão e de casos de assassinato e de estupro
contados pelas garotas.
Fonte: O Tempo
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