segunda-feira, 2 de junho de 2014

Dia Internacional da Prostituta é lembrado nesta segunda-feira

A data foi criada porque no dia 02 de junho de 1975, 150 prostitutas ocuparam uma igreja em Lyon, na França. Mulheres que queriam chamar a atenção para a violência da polícia e o preconceito contra ela e seus familiares. O movimento se espalhou pela Europa e a partir daí novas leis foram criadas.

No dia 2 de junho de 1975, 150 prostitutas ocuparam a igreja de Saint-Nizier, em Lyon, na França. Elas protestavam contra multas e detenções, em nome de uma guerra contra o rufianismo (atividade de quem tira proveito da prostituição alheia), e até contra assassinatos de colegas que sequer eram investigados. Além disso, maridos e filhos de prostitutas eram processados como rufiões, por se beneficiarem dos rendimentos das mulheres. Tabernas deixaram de alugar quartos para as trabalhadoras do sexo, com medo da repressão policial. A igreja e a população de Lyon apoiaram a manifestação e deram proteção a elas.

A ocupação da igreja foi transmitida por todos os meios de comunicação, no país e no exterior, inclusive no Brasil. As mulheres exigiam que o seu trabalho fosse considerado “tão útil à França como outro qualquer”. Outras 200 prostitutas percorreram as ruas de carro distribuindo folhetos, com denúncias de que eram “vítimas de perseguição policial”, o que as impedia de trabalhar. Uma carta foi enviada ao presidente Giscard d’Estaing.

O movimento se ampliou para outras cidades francesas, como Marselha, Montpellier, Grenoble e Paris, onde colegas também entraram em greve.  No dia 10 de junho, às 5 horas da manhã, as mulheres da igreja de Saint-Nizier foram brutalmente expulsas pela polícia.


Ao ter a coragem de romper o silêncio e denunciar o preconceito, a discriminação e as arbitrariedades, chamando a atenção para a situação em que viviam, as prostitutas de Lyon entraram para a história. Por isso, o 2 de junho foi declarado, pelo movimento organizado, como o Dia Internacional da Prostituta.

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