Bruna Bovino deveria prestar depoimento em fevereiro do ano
que vem contra ex-chefe acusado de favorecimento de prostituição.
Bruna Bovino, a brasileira encontrada morta na noite de
sexta-feira na cidade italiana de Mola di Bari, na região da Puglia, deveria
depor em um processo de indução e favorecimento de prostituição contra um
ex-chefe, dono do centro de massagem onde ela trabalhou até abril de 2011. Seu
testemunho no tribunal estava previsto para o próximo dia 25 de fevereiro. As
informações são da agência Ansa.
"Ela era uma moça radiante e confiante no futuro,
apesar das experiências horríveis vividas no passado. Mas na última vez que
conversamos, há cerca de 10 dias, ela me pareceu desorientada e em
choque", afirmou Massimiliano Carbonara, advogado da mulher de 29 anos.
Após deixar o antigo trabalho, Bruna decidiu abrir o próprio
negócio e, segundo seu defensor, mudou completamente de vida, principalmente
após o nascimento de sua filha, hoje com 2 anos. A criança é fruto da relação
com um homem com quem ela conviveu até poucos meses atrás.
"Independentemente das repercussões emotivas e sociais daquele episódio,
aos meus olhos ela sempre pareceu empenhada em reencontrar o equilíbrio e a
serenidade, mas nos últimos dias parecia estar com problemas pessoais",
acrescentou o advogado.
O corpo da brasileira de 29 anos foi encontrado parcialmente
carbonizado em cima de uma maca, dentro do centro de estética Arwen, do qual
ela era proprietária. O leito também estava rodeado por velas. Os bombeiros
chegaram ao local após serem avisados por alguns vizinhos que sentiram cheiro
de queimado.
De acordo com um médico legista da polícia da Itália, a
jovem apresentava algumas lesões no crânio, que poderiam ser compatíveis com
uma queda. Segundo a imprensa local, Bruna era filha de um italiano e uma
brasileira. Seu corpo passará por uma autópsia na próxima segunda-feira, em
Bari. Enquanto isso, os investigadores estão tentando reconstruir as últimas
horas da vítima, interrogando vizinhos e amigos.
Fonte: Terra
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