sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

As grandes frases e imagens da vida de Mandela

"Que nunca, nunca, nunca mais esta bela terra experimente novamente a opressão de um pelo outro e sofra a indignidade de ser a escória do mundo. Que a liberdade reine" - discurso de posse como presidente, em maio de 1994.


Nelson Mandela seduzia plateias com sua inteligência e, em seguida, as arrebatava com suas observações. Segue abaixo uma seleção de algumas de suas frases mais memoráveis:


"Nenhum poder na Terra é capaz de deter um povo oprimido, determinado a conquistar sua liberdade", junho de 1961.



 "Eu lutei contra a dominação branca, e eu lutei contra a dominação negra. Eu nutri o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal que espero viver para alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer", no julgamento por traição em abril de 1964, em Rivonia, quando foi confrontado com a possibilidade de ser condenado à morte.



"Eu me coloco aqui, diante de vocês, não como um profeta, mas como um humilde servo de vocês, o povo", ao ser libertado da prisão, em fevereiro de 1990.

"Que nunca, nunca, nunca mais esta bela terra experimente novamente a opressão de um pelo outro e sofra a indignidade de ser a escória do mundo. Que a liberdade reine" - discurso de posse como presidente, em maio de 1994.


"O prêmio foi um tributo a todos os sul-africanos e especialmente àqueles que lutaram; Eu aceitarei em nome deles", ao receber o Prêmio Nobel da Paz em dezembro de 1994.


"Tarde na vida, estou desabrochando como uma flor por causa do amor e do apoio que ela me dá", ao se casar com Graça Machel, em julho de 1998, aos 80 anos.


"Eu me retiro com a consciência tranquila, sentindo que cumpri meu dever, de alguma forma, com meu povo e meu país", ao deixar a presidência, em maio de 1999.


Luta por liberdade: "Não se pode esperar que pessoas que vivam na pobreza e com fome paguem aluguéis exorbitantes ao governo e às autoridades locais. Somos o nervo central da agricultura e da indústria. Fazemos o trabalho nas minas de ouro, diamantes e carvão, nas fazendas e na indústria em troca de salários miseráveis. Por que temos que seguir enriquecendo a quem rouba o produto de nosso sangue e do nosso suor, a quem nos explora e nega o direito de nos organizarmos em sindicatos?" (Declaração à imprensa, "A luta é minha vida", 26 de junho de 1961)

Por que temos que seguir enriquecendo a quem rouba o produto de nosso sangue e do nosso suor, a quem nos explora e nega o direito de nos organizarmos em sindicatos?
Sobre sua detenção: "Lutarei contra o governo junto com vocês, polegada a polegada e milha a milha, até que conquistemos a vitória. O que vocês farão? Se somarão ou vão cooperar com o governo em seus esforços para reprimir as reivindicações e as aspirações do nosso povo? Da minha parte, já fiz minha escolha. Não abandonarei a África do Sul, nem me entregarei. Somente com dificuldades, sacrifício e ação militante se pode conquistar a liberdade. A luta é minha vida. Seguirei lutando pela minha liberdade até o fim dos meus dias". (Declaração à imprensa, "A luta é minha vida", 26 de junho de 1961)


Sobre a discriminação racial: "Odeio que se instile sistematicamente nas crianças o preconceito baseado na cor e me sinto apoiado nesse ódio pelo fato de que a imensa maioria da humanidade, aqui ou no exterior, concorda com a minha maneira de pensar. Odeio a arrogância racial que decreta que as coisas boas da vida devem serguir sendo direito exclusivo de uma minoria da população e que reduz a maioria da população a uma condição de servilismo e inferioridade e a mantém como rebanho desprovido que trabalha onde mandam e se comporta como lhe diz a minoria governante". (Declaração em juízo, Pretória, 15 de outubro a 7 de novembro de 1962)


Sobre o trabalho: "A queixa dos africanos não é apenas que são pobres e os brancos ricos, mas que as leis feitas pelos brancos têm o objetivo de preservar essa situação. Há duas maneiras de deixar a pobreza. A primeira é através da educação formal e a segunda quando o trabalhador adquire maior conhecimento em seu trabalho e, assim, um salário mais alto". (Declaração em juízo, Pretória, 20 de abril de 1964)


A queixa dos africanos não é apenas que são pobres e os brancos ricos, mas que as leis feitas pelos brancos têm o objetivo de preservar essa situação
Sobre o apartheid: "Permanecerá para sempre como uma mancha que não será apagada da história da humanidade o mero fato de que o crime do apartheid ocorreu. Sem dúvida as gerações futuras perguntarão: 'Que erro se cometeu para que esse sistema pudesse vigorar depois de ter sido aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos? Permanecerá para sempre como uma acusação e um desafio a todos os homens e mulheres o fato de que demoramos tanto tempo para bater o pé e dizer 'já basta'". (Discurso ante o Comitê Especial das Nações Unidas contra o Apartheid, 22 de junho de 1990)


Reconciliação na África do Sul: "Muitas pessoas se mostraram céticas sobre a nossa capacidade de tornar realidade o ideal de uma nação multirracial. Mas reafirmemos uma vez mais que não é a nossa diversidade que nos divide, não são nossas características étnicas, a religião ou a cultura que nos divide. Desde que conquistamos a liberdade, só há uma divisão entre nós: entre os que levam a democracia no coração e os que não!" (Durban, 16 de abril de 1999)

Odeio a arrogância racial que decreta que as coisas boas da vida devem serguir sendo direito exclusivo de uma minoria
Sobre os direitos humanos universais: "Se todas as esperanças podem ser traduzidas em um sonho realizável e não em um pesadelo que atormente as almas dos velhos, então terei paz e tranquilidade, então a história e os bilhões em todo mundo proclamarão que valeu a pena sonhar e se esforçar dando a vida por um sonho realizável". (Discurso ante a Assembleia Geral das Nações Unidas, 21 de setembro de 1998)

Construção da paz: "A paz não é simplesmente a ausência de conflito, a paz é criação de um entorno em que todos possamos prosperar, independentemente de raça, cor, credo, religião, sexo, classe, casta ou qualquer outra característica social que nos distinga. A religião, as características étnicas, o idioma e as práticas sociais e culturais são elementos que enriquecem a civilização humana, que se somam à riqueza de nossa diversidade. Por que deixar que se convertam em causa de divisão e violência? Estaríamos degradando nossa humanidade comum se permitirmos que isso ocorra". (Nova Délhi, Índia, 31 de janeiro de 2004)

Permanecerá para sempre como uma mancha que não será apagada da história da humanidade o mero fato de que o crime do apartheid ocorreu
Sobre a luta contra a pobreza: "Vivemos em um mundo em que os conhecimentos e a informação avançaram a passos gigantes, porém milhões de crianças não vão à escola. Vivemos em um mundo em que a epidemia de Aids põe em perigo o próprio tecido de nossas vida, mas gastamos mais dinheiro em armas do que para garantir o tratamento e o apoio para as milhões de pessoas infectadas com HIV. É um mundo de grandes promessas e esperanças, mas também é um mundo de desesperança, enfermidade e fome. A eliminação da pobreza não é um gesto de caridade. É um ato de justiça". (Concerto Live 8, Johanesburgo, 2 de julho de 2005)



"Pelo menos podemos ficar bêbados... Da próxima vez, vamos vencer", em junho de 2000, depois que a Alemanha eliminou a África do Sul da disputa para sediar a Copa do Mundo de 2006.


"Meus chefes sempre disseram que eu tive 27 anos na prisão para vadiar. Agora é hora de correr atrás", sobre a vida na aposentadoria em novembro de 2000.

"Uma questão que me preocupava profundamente na prisão era a falsa imagem que eu projetei involuntariamente para o mundo exterior; de ser visto como um santo", declaração em seu último livro, "Conversations with Myself" (em tradução livre, "Conversas comigo mesmo"), de 2010.

"A ameaça da morte não evocou em mim o desejo de fazer o papel de mártir. Estava pronto para fazê-lo caso precisasse. Mas a ansiedade de viver sempre prevaleceu", sobre o risco da execução, em "Conversations with Myself".

"Nossa pretensão é de uma sociedade não racial... Estamos lutando por uma sociedade em que o povo deixará de pensar em termos de cor... Não é uma questão de raça; é uma questão de ideias" - trecho do livro.

"O que condeno é que uma potência, com um presidente sem visão, incapaz de pensar de forma adequada, agora quer mergulhar o mundo em um Holocausto", sobre o então presidente americano, George W. Bush, na escalada prévia à guerra no Iraque, em janeiro de 2003.

"Deveríamos levar a sério nossas próprias experiências e desempenho. Em um mundo cínico, nós nos tornamos inspiração para muitos" - último discurso no Parlamento, em maio de 2004.

"Posso assegurar que estamos prontos, somos capazes, desejosos e capazes, assim como apaixonados em sediar a Copa do Mundo" - em maio de 2004, sobre a campanha bem-sucedida da África do Sul para sediar a Copa de 2010.

"A Aids é um grande problema a ser enfrentado pelo mundo todo. Lidar com ele requer recursos muito além da capacidade de um continente. Um único país não tem a capacidade de lidar com ele" - em seu livro, "Conversations with Myself".


"O ANC (n.r: sigla em inglês para Congresso Nacional Africano) tem a responsabilidade histórica de liderar nossa nação e ajudar a construir uma sociedade unida não racial", dirigindo-se a simpatizantes do ANC em uma mensagem pré-gravada antes das eleições de abril de 2009.

Fonte: AFP

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