Promessa é de renda mínima de R$ 600 por semana, mas cafetão
deixa claro a exigência de sexo com clientes; delegada diz que prática é crime.
Ao andar pelo Centro de João Pessoa, não é difícil encontrar
panfletos distribuídos ao longo do dia com ofertas de empregos e outras
propagandas. Apesar de parecer algo interessante para pessoas que estão fora do
mercado de trabalho, em alguns casos, essas vagas não passam de um disfarce
para recrutar mulheres que vão trabalhar como prostitutas em casas
especializadas nessa prática, em João Pessoa.
Os repórteres da 98 FM pegaram um desses panfletos, que
oferecem vagas para massagistas. Ao entrar em contato, uma produtora, que se
passa por candidata à vaga de emprego, esclarece todas as dúvidas e fica
sabendo que o contratante é responsável por uma casa de prostituição, que está
selecionando mulheres para fazer programas sexuais. O homem garante que é
possível ter uma renda semanal de R$ 600, que pode aumentar, dependendo do desempenho
da moça.
Em outra ligação feita para um dos números disponibilizados
no panfleto, o repórter se passa por cliente interessado em contratar essas
garotas para fazer programas e orgias sexuais, algo completamente diferente do
que é proposto na publicidade, que continua falando em massagem relaxante.
Neste caso, uma mulher explica os serviços que podem ser
oferecidos a homens à procura de "massagens". Ela detalha o tipo de
programa que pode ser feito, os valores e até as idades das
"massagistas".
A delegada Especial
da Mulher, Vanderleia Gadi, confirma que os casos correspondem à prática de
pelo menos três crimes, identificados a partir das gravações telefônicas.
“Mesmo que eles estejam recrutando apenas pessoas maiores de idade, as ligações
revelam crimes previstos nos artigos 228 e 229 do Código Penal, que tratam de
favorecimento à prostituição, exploração da mulher, e tráfico de pessoas”,
explica.
Ainda segundo Vanderléia Gadi, já foi instaurado um
inquérito policial. Com isso, a polícia terá um prazo de 30 dias para concluir
as investigações. A situação só foi possível por meio de uma portaria, pois não
houve prisão em flagrante.
Todo o material gravado, bem como os panfletos, foram
entregues pela produção da 98 FM à Polícia da Paraíba
Fonte :
portalcorreio.uol.com.br
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