A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou ontem que 9,3
milhões de pessoas a mais terão direito a receber medicamentos antirretrovirais
contra o HIV, com o objetivo de evitar 3 milhões de mortes relacionados com o
vírus da Aids até 2025.
Baseado em um enfoque de saúde pública que busca ampliar
ainda mais o uso de medicamentos antirretrovirais para o tratamento e prevenção
do HIV, as novas diretrizes da OMS respondem aos novos dados científicos e às
práticas surgidas depois de 2010, que recomendavam, em particular, tratar os
pacientes de um modo mais precoce para frear o quanto antes o desenvolvimento
do vírus no sangue.
Agora, a OMS sugere começar com os antirretrovirais em todas
as pessoas que vivem com o HIV e cuja contagem de linfócitos CD4 seja menor ou
igual a 500 células por milímetros cúbicos de sangue, contra 350 células por
milímetros cúbicos de antes. Este novo nível permitirá proteger um maior número
de pessoas, já que o número de glóbulos brancos, os linfócitos, é mais alto no
começo da doença. Por outro lado, a agência afirma que agora as grávidas ou
lactantes também podem ser tratadas. Além disso, as crianças menores de cinco
anos devem começar o tratamento o quanto antes, seja qual for a contagem de CD4
ou etapa clínica. Na opinião do chefe da ONUAids, Michel Sidibé, as novas
recomendações vão permitir à comunidade internacional “estar mais perto do
final da epidemia de Aids”.
– Estas novas recomendações visam ao futuro, são mais
otimistas – afirmou o diretor do departamento da HIV/Aids da OMS, Gottfried
Hirnschall.
Ao final de 2012, havia 1,6 milhão de beneficiários do
tratamento antirretroviral a mais do que 2011, o maior aumento anual já
registrado, principalmente na região africana. No momento, a OMS fixou como
objetivo mundial 15 milhões de pessoas recebendo tratamento até 2015. Segundo
estimativas da ONUAids, no final de 2011, 34 milhões de pessoas viviam com HIV
no mundo.
Fonte: Jornal de Santa Catarina
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