Babi Rossi, 22, defendeu seu trabalho como panicat.“Falam
que somos garota de programa, só porque você está de biquíni. Mas, gente, é uma
beleza, é tão natural, o corpo humano é tão bonito. Adão e Eva nasceram
pelados! Deus fez a gente assim, então, qual é o problema? Eu estou ali de
biquíni, mas estou trabalhando”, afirmou à revista “Quem”.
Segundo ela, a fama se propagou, sobretudo, “depois que
rolaram aqueles comentários de outras panicats que saíram e falaram mal do
programa. Eu não tenho nada conta quem faça [prostituição], cada uma faz o que
quer da vida”.
Pode não ser calificada como prostituta mas, como
acertadamente explica Ronaldo Nezo em seu blog (ronaldonezo.com), não deixa de ser
uma mercantilkização do próprio corpo:
“Entretanto, embora o
corpo humano seja bonito – em especial, os dessas garotas, escolhidas por seus
atributos físicos para se exibirem na televisão -, Babi não pode negar que se
vende. A panicat não pode posar de inocente. Ninguém desfila com pouca roupa
diante de câmeras de TV porque é um “traje” mais confortável. A razão é
conhecida: mexer com a libido do público, seduzir, provocar e garantir audiência.
Ou seja, meninas de
biquininho na TV são estratégia de audiência. É pra prender sujeito mal
resolvido na frente na televisão… A proposta é jogar com o desejo, com a
vontade. Essas garotas estão ali para chamar a atenção do público não pelo
conteúdo intelectual do programa, mas sim porque seus corpos atraem olhares,
despertam o que há de mais instintivo. Ainda que não passem de experiências
imagéticas, essas garotas atuam no campo do prazer.
Panicats e afins –
bailarinas, auxiliares de palco etc – podem não vender seus corpos para o sexo.
Mas os entregam a um outro mercado: o do espetáculo e da sedução vulgar. Vendem
seus corpos como produtos que atendem a um desejo voyer do telespectador. Elas
não estão ali porque falam bem, porque têm grandes ideias, porque são geniais.
São mulheres que aceitam ser objeto… objeto de desejo, mas objeto. O produto
delas não é o conhecimento. É o corpo. Por isso, também são descartáveis. Têm
data de validade – como qualquer outra mercadoria.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário