segunda-feira, 24 de setembro de 2012

''trabalhar de biquíni não é prostituição''


Babi Rossi, 22, defendeu seu trabalho como panicat.“Falam que somos garota de programa, só porque você está de biquíni. Mas, gente, é uma beleza, é tão natural, o corpo humano é tão bonito. Adão e Eva nasceram pelados! Deus fez a gente assim, então, qual é o problema? Eu estou ali de biquíni, mas estou trabalhando”, afirmou à revista “Quem”.

Segundo ela, a fama se propagou, sobretudo, “depois que rolaram aqueles comentários de outras panicats que saíram e falaram mal do programa. Eu não tenho nada conta quem faça [prostituição], cada uma faz o que quer da vida”.
Pode não ser calificada como prostituta mas, como acertadamente explica Ronaldo Nezo em seu blog (ronaldonezo.com), não deixa de ser uma mercantilkização do próprio corpo:
“Entretanto,  embora o corpo humano seja bonito – em especial, os dessas garotas, escolhidas por seus atributos físicos para se exibirem na televisão -, Babi não pode negar que se vende. A panicat não pode posar de inocente. Ninguém desfila com pouca roupa diante de câmeras de TV porque é um “traje” mais confortável. A razão é conhecida: mexer com a libido do público, seduzir, provocar e garantir audiência.
 Ou seja, meninas de biquininho na TV são estratégia de audiência. É pra prender sujeito mal resolvido na frente na televisão… A proposta é jogar com o desejo, com a vontade. Essas garotas estão ali para chamar a atenção do público não pelo conteúdo intelectual do programa, mas sim porque seus corpos atraem olhares, despertam o que há de mais instintivo. Ainda que não passem de experiências imagéticas, essas garotas atuam no campo do prazer.
 Panicats e afins – bailarinas, auxiliares de palco etc – podem não vender seus corpos para o sexo. Mas os entregam a um outro mercado: o do espetáculo e da sedução vulgar. Vendem seus corpos como produtos que atendem a um desejo voyer do telespectador. Elas não estão ali porque falam bem, porque têm grandes ideias, porque são geniais. São mulheres que aceitam ser objeto… objeto de desejo, mas objeto. O produto delas não é o conhecimento. É o corpo. Por isso, também são descartáveis. Têm data de validade – como qualquer outra mercadoria.”

 

 

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