Dalai Lama, líder espiritual do
budismo tibetano, louvou a encíclica “Laudato Si”, do Papa Francisco e convidou
aos líderes religiosos, políticos e econômicos a “se envolver nos assuntos que
afetam o futuro da Humanidade”. O exilado líder tibetano participou do Festival
de Glastonbury.
“Vejo jovens e idosos desfrutando
com alegria. Enquanto estão aqui, desfrutem. Porém, não se esqueçam de que no
mesmo planeta há seres humanos sendo assassinados pelos outros seres humanos,
destacou, apresentando o exemplo de Iraque, Síria e Nigéria. “Assassinam em
nome da fé. Algo impensável”, sentenciou.
Com suas palavras, Dalai Lama fez
uma menção à principal mensagem das religiões: “amor, tolerância e perdão”. “Lembrem-se,
não há nada ruim nas crenças religiosas. Não concebem matar. Eu quero minha
vida, todo mundo quer sua vida. Todos nós temos o direito de viver felizes”,
acrescentou.
Dalai Lama enalteceu o conteúdo
da encíclica Laudato Si (“Louvado sejas”), que incentiva uma mudança de estilo
de vida, a conversão para energias renováveis e a um giro ecológico na
economia. O líder budista afirmou que o dever dos cidadãos é redobrar os
esforços para que os políticos ajam, “incluindo mais manifestações nas ruas”.
Em sua passagem por Glastonbury,
Dalai Lama também ressaltou a necessidade de pressionar os governos,
corporações e instituições internacionais “para colocar fim ao uso generalizado
das energias fósseis, investir mais em energias limpas e acabar com o desmatamento
massivo”.
“Em nível individual, todos temos
uma responsabilidade com o planeta”, concluiu Dalai Lama. “Eu tento colocar meu
grãozinho de areia, apagando as luzes por onde passo e usando a ducha ao invés
do banho... Mesmo que eu me lave duas vezes por dia”.
Fonte: Ihu
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