“Tráfico de Seres Humanos: questões por trás
da criminalização” é o tema da Plenária da Pontifícia Academia das Ciências
Sociais, que teve início na sexta-feira (17/04), no Vaticano.
O encontro reunirá especialistas
até o dia 21 de abril, que debaterão os processos de repatriação e de
reinserção social das vítimas, a prostituição, a aplicação das leis, os papeis
dos novos meios de comunicação, o tráfico de órgãos, entre outros.
DNA do Papa Francisco
Um dos conferencistas desta manhã
foi o argentino Gustavo Vera, diretor da organização não-governamental “La
Alameda” desde 2001. O seu nome foi indicado pelo Papa Francisco para falar
deste fenômeno e do seu elo com o narcotráfico.
O ponto de partida do argentino
foi as reduções do período colonial: a luta dos jesuítas nos séculos XVII e
XVIII para emancipar os índios da submissão e do trabalho escravo aos quais
eram submetidos pelos “encomenderos” espanhóis e pelos bandeirantes
portugueses.
Gustavo Vera considera que as
missões jesuíticas e a luta à escravidão social e econômica estão no “DNA do
Papa Francisco e deve ser levada avante como faziam os então missionários da
Companhia de Jesus”.
O empenho dos consagrados
Na qualidade de observadora,
participa da Plenária a Ir. Grabriella Bottani, coordenadora da Rede Thalita
Kum. Em entrevista ao Programa Brasileira, Ir. Gabriella fala do empenho de
mais de mil religiosos contra o tráfico e de que modo este fenômeno está
mudando.
Logo no início do seu
pontificado, o Papa escreveu à mão um bilhete para o Chanceler deste organismo,
o Arcebispo Marcelo Sánchez Sorondo, pedindo que o tema do tráfico e a
escravidão moderna recebessem uma atenção especial.
Desde então, a Pontifícia
Academia promoveu inúmeros encontros envolvendo não somente religiosos, mas
também autoridades civis, políticas e institucionais.
Além do encontro que tem início
nesta sexta-feira, está programado um Seminário no dia 27 deste mês, sempre no
Vaticano, dedicado desta vez à situação das crianças vítimas do tráfico humano.
Fonte: Rádio Vaticano
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