“A coisa mais perigosa que uma mulher pode fazer na Somália
é ficar grávida. Quando uma mulher engravida, ela tem 50% de chance de
sobreviver porque não há nenhum acompanhamento pré-natal. Não há hospital,
cuidados de saúde, nada.”
O Afeganistão é o lugar mais perigoso para uma mulher no
mundo, segundo uma pesquisa divulgada pela Thomson Reuters Foundation, publicada no site TrustLaw (um serviço da
fundação). A pesquisa ouviu especialistas nas questões de gênero nos cinco
continentes, que listaram os riscos para as mulheres em cada país, incluindo
violência sexual e não sexual, fatores culturais e religiosos, ameaças à saúde,
falta de acesso a recursos e tráfico humano.
A triste lista dos cinco piores países para as mulheres é
completada pelo Congo (mais de 400 mil são violentadas no país a cada ano!),
pelo Paquistão (onde, por questões culturais e religiosas, são recorrentes as
“punições” às mulheres por “crimes de honra”), pela Índia (com números alarmantes
de tráfico de mulheres) e pela Somália (com uma série de ameaça, como alta
mortalidade durante a gravidez, estupros e mutilação feminina), informa o
CBSNews.
“Estou completamente surpresa porque pensei que a Somália
seria o primeiro da lista, não o quinto”, disse a ministra somali para o
Desenvolvimento das Mulheres, Maryan Qasim, ao TrustLaw.
“A coisa mais perigosa que uma mulher pode fazer na Somália
é ficar grávida. Quando uma mulher engravida, ela tem 50% de chance de
sobreviver porque não há nenhum acompanhamento pré-natal. Não há hospital,
cuidados de saúde, nada.”
Maryan Qasim tem razão: a Somália poderia ficar em primeiro.
Assim como o Congo, o Paquistão e a Índia. Pela descrição da pesquisa e por
notícias que vimos com frequência, a situação é tão ruim para as mulheres que é
difícil definir onde é pior.
Fonte: Revista Época
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