sexta-feira, 17 de maio de 2013

Cidades de MG discutem abuso e exploração sexual de crianças


Na semana em que comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, diversas cidades do Alto Paranaíba e do Centro-Oeste do estado realizam atividades ligadas ao assunto. A programação conta com palestras, passeatas e debates, e segue até sábado (18) em alguns municípios.

Em Divinópolis, no Centro-Oeste do estado, o assunto começou a ser discutido na segunda-feira (13) na Câmara Municipal da cidade. No sábado, os moradores se concentram na Praça da Catedral, às 8h30 para participar da segunda edição da caminhada “Todos Contra a Pedofilia”. Um caminhão do Corpo de Bombeiros seguirá à frente da caminhada, e a fanfarra dos atiradores do Tiro de Guerra também participa do movimento.

Em Carmo do Cajuru, também no Centro-Oeste, uma passeata foi realizada nesta quarta-feira (15) e nesta quinta-feira (16) uma carreata alertará sobre o tema. Além disso, foi realizada nesta quarta-feira uma palestra com o tema “Laços e conflitos familiares”, na Câmara Municipal da cidade. Voluntários e estudantes se concentraram na Praça Primeiro de Janeiro e de acordo com a psicóloga, Cássia Cristina Carvalho Menezes, o objetivo é alertar a população sobre o problema que também integra a realidade da cidade. “A intenção é parar Carmo do Cajuru para pensar sobre esse tema porque percebemos que cada vez aumentam os números de casos e o fato da cidade ser pequena não significa que não temos casos”, comentou.

Cartazes e panfletos foram distribuídos em Carmo do Cajuru informando sobre como agir em caso de abuso sexual. “O panfleto vem divulgar quais são os sinais de que alguma criança está sofrendo abuso. Nele contém também o meio de denúncia, que é o disque 100, através do qual a denúncia é anônima e o sigilo é total. Só assim conseguiremos combater esse mal que é a exploração sexual”, disse a assistente social do Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Selmiléia Franciane de Andrade.
Em Arcos, a concentração para a caminhada será na Praça da Matriz, a partir das 8h, desta sexta-feira. Os participantes passam pela Prefeitura e finalizam o movimento às 12h, com um abraço simbólico, na Praça Floriano Peixoto.
Em Pará de Minas, a passeata de sexta-feira se inicia na Praça Torquato de Almeida e vai até a Praça da Matriz. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, o objetivo é mobilizar a população para denunciar esse tipo de abuso.


Ações no Alto Paranaíba

Em Araxá, o assunto será tratado em uma palestra beneficente às entidades filantrópicas que atendem crianças e adolescentes. De acordo com a ministrante, a professora Ana Maria Silva Neves, o problema da exploração ocorre dentro de casa. “Através de uma denúncia bem elaborada e organizada pelas diferentes pessoas da sociedade civil é preciso o acompanhamento de uma rede forte e coerente. Todos carecemos de uma rede integrada pensando que ela não é um novo serviço, mas uma forma de que todos acessem essas informações e tomem decisões planejadas”, disse.
A palestrante disse que o evento é aberto à população que poderá discutir e ter noção de como agir. “Tem como intuito alertar sobre como a criança se manifesta e como pode-se codificar os sinais de que essa criança sofre algum abuso”, completou.
Em Patos de Minas, as ações ocorrem até sexta-feira (17) em escolas, Sest/Senat e na BR-365 . Segundo a diretora do Sest/Senat, Glísia Pinto, palestras terão como foco crianças e adolescentes. “Nesta quarta-feira realizamos palestras pela  manhã e a tarde repetimos para crianças e adolescentes. O psicólogo do Sest/Senat foi quem levou uma abordagem sobre quais as características ‘deste agressor’ para que as crianças conheçam quem está ao redor e qual o sentido de uma aproximação”, explicou.
Ainda segundo a diretora, nesta quinta-feira as palestras ocorrem na Escola Estadual Marcolino de Barros e na Escola Fonseca Rodrigues (Fo-Ro). “Terminaremos com um show de crianças na praça próximo à matriz e na sexta-feira vamos para uma abordagem nas rodovias e zona urbana porque existe uma cultura que é o motorista o maior agressor, mas na verdade conclui-se pelas estatísticas que esse autor pode ser um advogado, um médico, um pai ou um padrasto. Geralmente são pessoas próximas daquela família, daquela criança”, concluiu.
Fonte: Globo

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