Na semana em que comemora-se o Dia Nacional de Combate ao
Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, diversas cidades do
Alto Paranaíba e do Centro-Oeste do estado realizam atividades ligadas ao
assunto. A programação conta com palestras, passeatas e debates, e segue até
sábado (18) em alguns municípios.
Em Divinópolis, no Centro-Oeste do estado, o assunto começou
a ser discutido na segunda-feira (13) na Câmara Municipal da cidade. No sábado,
os moradores se concentram na Praça da Catedral, às 8h30 para participar da
segunda edição da caminhada “Todos Contra a Pedofilia”. Um caminhão do Corpo de
Bombeiros seguirá à frente da caminhada, e a fanfarra dos atiradores do Tiro de
Guerra também participa do movimento.
Em Carmo do Cajuru, também no Centro-Oeste, uma passeata foi
realizada nesta quarta-feira (15) e nesta quinta-feira (16) uma carreata
alertará sobre o tema. Além disso, foi realizada nesta quarta-feira uma
palestra com o tema “Laços e conflitos familiares”, na Câmara Municipal da
cidade. Voluntários e estudantes se concentraram na Praça Primeiro de Janeiro e
de acordo com a psicóloga, Cássia Cristina Carvalho Menezes, o objetivo é
alertar a população sobre o problema que também integra a realidade da cidade.
“A intenção é parar Carmo do Cajuru para pensar sobre esse tema porque
percebemos que cada vez aumentam os números de casos e o fato da cidade ser
pequena não significa que não temos casos”, comentou.
Cartazes e panfletos foram distribuídos em Carmo do Cajuru
informando sobre como agir em caso de abuso sexual. “O panfleto vem divulgar
quais são os sinais de que alguma criança está sofrendo abuso. Nele contém
também o meio de denúncia, que é o disque 100, através do qual a denúncia é
anônima e o sigilo é total. Só assim conseguiremos combater esse mal que é a
exploração sexual”, disse a assistente social do Centros de Referência da
Assistência Social (Cras), Selmiléia Franciane de Andrade.
Em Arcos, a concentração para a caminhada será na Praça da
Matriz, a partir das 8h, desta sexta-feira. Os participantes passam pela
Prefeitura e finalizam o movimento às 12h, com um abraço simbólico, na Praça
Floriano Peixoto.
Em Pará de Minas, a passeata de sexta-feira se inicia na
Praça Torquato de Almeida e vai até a Praça da Matriz. Segundo a Secretaria
Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, o objetivo é mobilizar a
população para denunciar esse tipo de abuso.
Ações no Alto
Paranaíba
Em Araxá, o assunto será tratado em uma palestra beneficente
às entidades filantrópicas que atendem crianças e adolescentes. De acordo com a
ministrante, a professora Ana Maria Silva Neves, o problema da exploração
ocorre dentro de casa. “Através de uma denúncia bem elaborada e organizada
pelas diferentes pessoas da sociedade civil é preciso o acompanhamento de uma
rede forte e coerente. Todos carecemos de uma rede integrada pensando que ela
não é um novo serviço, mas uma forma de que todos acessem essas informações e
tomem decisões planejadas”, disse.
A palestrante disse que o evento é aberto à população que
poderá discutir e ter noção de como agir. “Tem como intuito alertar sobre como
a criança se manifesta e como pode-se codificar os sinais de que essa criança
sofre algum abuso”, completou.
Em Patos de Minas, as ações ocorrem até sexta-feira (17) em
escolas, Sest/Senat e na BR-365 . Segundo a diretora do Sest/Senat, Glísia
Pinto, palestras terão como foco crianças e adolescentes. “Nesta quarta-feira
realizamos palestras pela manhã e a tarde
repetimos para crianças e adolescentes. O psicólogo do Sest/Senat foi quem
levou uma abordagem sobre quais as características ‘deste agressor’ para que as
crianças conheçam quem está ao redor e qual o sentido de uma aproximação”,
explicou.
Ainda segundo a diretora, nesta quinta-feira as palestras
ocorrem na Escola Estadual Marcolino de Barros e na Escola Fonseca Rodrigues
(Fo-Ro). “Terminaremos com um show de crianças na praça próximo à matriz e na
sexta-feira vamos para uma abordagem nas rodovias e zona urbana porque existe
uma cultura que é o motorista o maior agressor, mas na verdade conclui-se pelas
estatísticas que esse autor pode ser um advogado, um médico, um pai ou um
padrasto. Geralmente são pessoas próximas daquela família, daquela criança”,
concluiu.
Fonte: Globo
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