Seja durante o dia ou a noite, quem procura sexo pago,
rápido e sem compromisso encontra fácil. Não é preciso percorrer grandes
distâncias, ou desvendar os espaços para encontrar os profissionais do sexo.
Em
Goiânia e Aparecida de Goiânia estão espalhados diversos locais onde homens,
mulheres e travestis ganham a vida vendendo o próprio corpo. Foi buscando saber
onde estão localizados esses espaços é o que Diário da Manhã traçou um mapa da
prostituição na região metropolitana da Capital.
Quem auxiliou a reportagem com as informações foi Maria
Borges de Oliveira Barbosa, que desde 2002 desenvolve trabalhos de orientação
com garotas de programa e travesti na grande Goiânia. Sua atividade consiste na
realização de palestras e oficinas, que abordam os mais diversos assuntos, como
por exemplo, a contribuição previdenciária. Maria também auxilia pesquisadores
de universidades interessados no assunto, que buscam colher informações para o
desenvolvimento de pesquisas. Também contribuíram para o levantamento informações
da Polícia Militar e o Ministério Público.
Um dos locais mais
conhecidos para encontrar profissionais do sexo na Capital é a região do
Terminal do Dergo, mas precisamente na Avenida Santana. Lá as mulheres que se
prostituem têm acima de 35 anos, podendo ser encontradas até idosas com idade
entre 60 e 70 anos. Segundo Maria Borges, há mulheres que desenvolvem a
atividade há mais de 20 anos no local e que já têm família constituída, mas
continuam vendendo o corpo como forma de obter renda. De acordo com Maria, há
algumas mulheres mais jovens que fazem programa perto do Terminal Rodoviária de
Campinas. “Elas não são profissionais do sexo, mas se prostituem para conseguir
dinheiro para comprar drogas”, afirma
Segundo Maria, o
perfil dos cliente que procuram as mulheres da região é bastante diversificado.
São de rapazes novos, homens de meia idade, aposentados e ambulantes que
trabalham na região e que não precisam dispender de grandes quantias para os
programas. “Não exite um perfil fechado. No local há muitas distribuidoras,
oficinas e a rodoviária. Muitos clientes dessas meninas são pessoas que estão
de passagem pela região”, explica Maria. Ela ainda ressalta que é falácia e
preconceito dizer que há profissionais no Dergo que fazem programa por R$ 1.
“Há vários preços, que são acordados conforme o que o cliente deseja. A mulher
dá o preço e a partir disso há um combinação de valor, que varia de R$ 30 a R$
50, podendo ultrapassar esse valor, dependendo do que o cliente quer”, diz
Maria Borges.
O Bairro São Francisco, na região norte da Capital, é outro
ponto de prostituição. No local há uma grande presença de motéis, mas também de
residências. O comércio do sexo funciona 24 horas. Lá há presença tanto de
garotas de programas, como de travestis, que utilizam o local mais no período
da noite. Nas esquinas já no começo da tarde é possível localizar grupos de
travesti, que se oferecem aos clientes, uns inclusive, colocando seios e bunda
a mostra. "As profissionais ficam mais na porta de motel e ultimamente
devido a muita publicidade do local, as mulheres que ficam no local têm adotado
a estratégia de ficarem em pontos de ônibus para que não sejam identificadas
facilmente. Isso não dificulta o trabalho delas porque quem procura uma
profissional do sexo, com certeza vai saber identificá-la".
Fonte: Diário da Manhã
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