Quem vai a uma boate de prostituição em Copacabana já sabe o
que vai fazer, menos dar risada. Em meio às luzes de néon e profissionais, Uma
Rua Sem Vergonha, nova série do Multishow, com estreia marcada para esta
segunda-feira, às 23h15min, vai tentar mostrar o que há de cômico no dia a dia
das mulheres que batem ponto na Rua Prado Júnior, via do bairro carioca com
casas noturnas repletas de garotas de programa.
A trama gira em torno de cinco mulheres, Marlene (Juliana
Knust), Brenda (Pollyana Rocha), Carla (Natália Vidal), Ludmila (Patrícia
Elizardo) e Yasmin (Jéssica Barbosa), que se tornaram prostitutas por
diferentes razões.
— Elas fazem shows, pole dance e aparecem no camarim e nos
quartos — conta Pollyana Rocha, de 30 anos. Na história, a personagem da atriz
brasiliense tem um filho concebido por acidente com um de seus clientes.
— Ela está ali para dar uma vida melhor ao filho. ê mais
seletiva e não trabalha no fim de semana para poder ficar com ele.
Entre as colegas de trabalho, Marlene é ex-participante de
reality show que quer voltar a ser famosa, enquanto Ludmila, de classe média
alta, se prostitui para pagar seus luxos e a faculdade. Para os 13 episódios,
gravados em apenas um mês, a Conspiração, produtora responsável pela série,
reproduziu uma boate e um bar, onde se passa parte das sequências cômicas, como
a morte de Tio Putinhas (Tonico Pereira), conhecido por iniciar as meninas
recém-chegadas, que tem um ataque do coração no primeiro programa de Yasmin.
Em seu testamento, ele deixa uma quantia em dinheiro para a
prostituta que fizer uma dança sensual sobre o cadáver dele.
— Ela dança enquanto as outras meninas aparecem chorando na
boate. Mas também tem episódio sério — defende Pollyana. Antes de gravar, a
atriz frequentou a Prado Júnior e conversou com as trabalhadoras do local. —
Aquela coisa de que todas têm uma história triste foi unanimidade — relembra
ela que diz ter ficado "com o coração apertado" ao ter o papo com uma
das meninas interrompido pelo cafetão.
— Ela odiava fazer programa. Teve de sair chorando —
recorda. Na preparação para o papel, Pollyana e as companheiras de cena tiveram
aulas de pole dance.
— É bem difícil, uma atividade física punk. Saí com as
pernas roxas, mas não viramos bailarinas profissionais, foi no improviso —
entrega. A atriz diz ainda que sequências calientes não ficaram de fora. — Tem
cenas sensuais. Todas (as atrizes) tinham um apelo sexual, a gente colocou isso
para fora, se soltou.
Fonte: Zero Hora
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