Mãe e filha são apontadas como
chefes do esquema em Poços de Caldas (MG) (Foto: Polícia Civil)
Um esquema de agenciamento de
adolescentes para prostituição foi desmontado na manhã desta quarta-feira (5)
em Poços de Caldas (MG). Segundo a Polícia Civil, mãe e filha são apontadas
como lideranças do esquema e foram detidas no bairro Jardim Quisisana. Elas
seriam responsáveis por fazerem anúncios de serviços sexuais na internet
envolvendo adolescentes de 12 a 17 anos. Entre as vítimas está o filho de 17
anos de uma delas.
Segundo os policiais, a operação
foi batizada de "Book Rosa" por fazer referência a uma expressão que
ficou conhecida na minissérie "Verdades Secretas" da Rede Globo, que
abordou o aliciamento de modelos, em 2015. Ainda segundo a Polícia Civil, as
duas mulheres foram presas por meio do cumprimento de mandado de prisão.
De acordo com o delegado do caso,
Cleyson Brene, o trabalho investigativo teve início em janeiro deste ano, e
partiu de uma denúncia do Ministério Público. "Em um profícuo trabalho
investigativo, pudemos confirmar a existência de um blog, com oferta de
serviços sexuais, além do número de telefone para contato. Inclusive, uma das
vítimas era filha de uma das investigadas", detalha o delegado.
Ainda conforme o delegado,
durante a investigação, foi apurado que além da exploração dos adolescentes,
com anúncio via internet, a residência era utilizada para serviços sexuais. No
blog, as acusadas postaram diversas fotos de mulheres nuas, que seriam garotas
de programa. Os policiais informaram ainda que os serviços oferecidos chegavam
a ser negociados por até R$ 400. Entretanto, um dos anúncios feitos no blog
ofertava um programa por apenas R$ 1,99 a hora.
Ainda segundo a Polícia Civil, na
residência os policiais apreenderam, celulares, tablets, computadores e agendas
com anotações do esquema. "Nos aparelhos telefônicos das investigadas
constam conversas agenciando os programas”, informou o delegado. Ainda segundo
Brene, foi levantado que as suspeitas recebiam pelo agenciamento e cobravam por
mais serviços.
A polícia informou que a família
das investigadas já contratou um advogado para a defesa das mulheres. Elas
foram encaminhadas para a delegacia da cidade e, segundo a polícia, podem
responder por exploração sexual de adolescente, cuja pena pode ser de até 10
anos de prisão; por manter casa de prostituição, de dois a cinco anos de detenção,
e por rufianismo (tirar proveito da prostituição alheia), até quatro anos de
prisão.
Fonte : G1 Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário