quinta-feira, 27 de abril de 2017

A Pastoral da Mulher na greve geral do dia 28/abril


Diante dos graves ataques do governo Temer  aos direitos trabalhistas, afetando especialmente às mulheres,  a Pastoral da Mulher de BH , junto com outros muitos, movimentos sociais, centrais sindicais, associações, entidades de Igreja, etc.,  se unirá amanhã à greve geral, saindo da nossa sede (Av Santos Dumont 664) às 9.30 h rumo à Praça da Estação onde participaremos da manifestação prevista.


Entre aqueles mais afetados pelas medidas da reforma da previdência estão as mulheres

A Reforma da Previdência (PEC 287) do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) afeta diretamente as mulheres, fazendo com que quase metade delas, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), não consiga se aposentar. De acordo com os pesquisadores, as mudanças farão com que o sistema previdenciário volte “a refletir a extrema desigualdade do mercado de trabalho”.
A PEC 287 equipara os critérios de idade e tempo de contribuição, que passam a ser, respectivamente, 65 e 25 anos para mulheres e homens. Essa mudança é injusta, porque desconsidera as diferenças existentes no mercado de trabalho, além de ignorar a dupla jornada delas em razão das funções domésticas e da maternidade.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2014, elas dedicam em média 21,35 horas semanais ao trabalho doméstico sem remuneração. Já os homens dedicam menos da metade desse total: 10 horas. No caso das trabalhadoras rurais, são 29 horas semanais a mais que os homens.
O aumento na idade mínima fará com que, segundo o Ipea, a mulher que começar a trabalhar aos 22 anos, para se aposentar aos 65, trabalhe 7,8 anos a mais que o homem.
As mulheres também serão afetadas em outro ponto da reforma: a exigência da contribuição obrigatória de, no mínimo, 49 anos para se aposentar com o valor integral do benefício.

A reforma é perversa com todos, mas seus efeitos, sem dúvida, serão mais duramente sentidos pelas mulheres. Por isso, precisamos nos  mobilizar para barrar esse retrocesso e dizer que não aceitaremos nenhum direito a menos.

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