A exposição “Meninas do Brasil” foi inaugurada nesta
quarta-feira (3) na Escola Superior Dom Helder Câmara, em Belo Horizonte.
Sensibilidade, reflexão e espaço para o diálogo descrevem a palestra de
abertura do artista Geraldo Lacerdine, que expressou por meio de suas telas as
histórias de vidas de mulheres silenciadas pelo abandono ou pela exclusão
social.
“Com a mesma sensibilidade e energia apresentadas nas
pinturas, Lacerdine ‘quebrou o protocolo’ e transformou a solenidade de
abertura em um grande e divertido ‘diálogo’. A leveza, no entanto, não ofuscou
a gravidade e importância dos assuntos em debate: ‘a busca do humano quando não
há perspectivas de horizonte’, título da palestra de Lacerdine; e o tráfico de
pessoas, tema geral do evento ‘Diálogos pela Liberdade’.”
A solenidade de abertura contou ainda com a participação do
professor Francisco Haas, pró-reitor de extensão da Escola e mediador dos
debates; Ana Cláudia Alexandre, defensora Pública da DPE/MG; Olga Colipe,
Superiora Provincial das Irmãs Oblatas de Belo Horizonte; Jose Manuel Lazaro
Uriol, coordenador da Pastoral da Mulher; e Durval Ângelo, presidente da
comissão de direitos humanos ALMG. O professor Francisco Haas destacou a honra
de receber os eventos e completou: “as mulheres são as principais vítimas
ligadas às violações dos Direitos Humanos”, e acredito que essa iniciativa
contribui para que elas tenham seus direitos preservados”.
Durval Ângelo citou o crescimento de casos ligados ao
tráfico de pessoas em regiões de cultivo de café no sul de Minas Gerais.
“Antes, essas denúncias se concentravam nas lavouras de cana-de-açúcar e
regiões mais pobres do Estado. Agora
estão se espalhando. A construção civil também tem apresentando muitos casos de
violações”, apontou.
(Redação Dom Total)
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